Um aperto de mão
Tinha prometido a mim mesmo não escrever uma linha sobre as autárquicas. Mas não consigo resistir à primeira página do Correio da Manhã de sexta passada que prevê a derrota de Manuel Maria Carrilho por não ter cumprimentado o adversário depois do debate da Sic Notícias. O resultado da sondagem não me surpreende. Mas não será o motivo pura especulação? Sejamos francos: há muitas razões para não votar no Carrilho. A forma como correu o debate dá razões a qualquer pessoa de bom senso para não votar no Carrilho nem no Carmona.
E se não for especulação? Nesse caso, talvez valha a pena reflectir em como o povo português é deveras difícil de compreender. São capazes de escarrar para o chão, mas não votam em políticos que não apertam a mão ao adversário. São capazes de votar em foragidos à justiça, mas se um tipo não aperta a mão ao outro, está desgraçado (quer dizer, terá apenas um tacho de vereador, mas não de Presidente da Câmara). Dica para políticos aprendizes: sê corrupto, mas cumprimenta toda a gente.
E se não for especulação? Nesse caso, talvez valha a pena reflectir em como o povo português é deveras difícil de compreender. São capazes de escarrar para o chão, mas não votam em políticos que não apertam a mão ao adversário. São capazes de votar em foragidos à justiça, mas se um tipo não aperta a mão ao outro, está desgraçado (quer dizer, terá apenas um tacho de vereador, mas não de Presidente da Câmara). Dica para políticos aprendizes: sê corrupto, mas cumprimenta toda a gente.
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