quarta-feira, agosto 31, 2005

Parabéns

Parabéns a Sérgio Godinho pelos seus 60 anos.

Bandeira

O filme "O Fatalista" de João Botelho foi seleccionado para o Festival Internacional de Toronto, um dos festivais mais importantes do continente americano. Até agora, ainda não vi bandeiras de Portugal à janela.

sábado, agosto 27, 2005

Silêncio

Há um ditado árabe que diz "quando o que tens a dizer não é mais belo que o silêncio, cala-te" (ou qualquer coisa assim). Ora aí está um bom exemplo de sabedoria a seguir. O problema é que há jornais diários, telejornais, revistas e etc. que têm de dizer sempre alguma coisa. Há compromissos. Há cronistas pagos para escrever que não podem simplesmente dizer "a página em branco é o mais belo que me ocorre". E no entanto, o "Livro em branco" é mais caro que muitos com conteúdo. Eu, por minha vez, bem me podia ter calado mas apeteceu-me escrever um Post sobre o facto de não ter nada a dizer. Parafraseando Jerry Seinfeld: "Quando não temos nada a dizer, temos urgência em falar disso" (ou qualquer coisa do género).

terça-feira, agosto 23, 2005

Piano

Num tempo em que toda a gente fala demais, um tipo não pode calar-se? Um tipo perde um emprego e não quer falar nisso e o que é que fazem? Obrigam-no a desenhar. Se ele desenha um piano, fantasiam logo mil coisas à volta dele. Depois, se descobrem que afinal ele não era tão especial, chamam-lhe fraude.
O homem perdeu o emprego. Se não fosse um país de tagarelas, Portugal seria um país de "Piano men" e Piano women" em potência.

segunda-feira, agosto 22, 2005

Capacete

Por que será que quando vemos pedreiros nos filmes (ou outros empregados das obras públicas) eles usam sempre o equipamento de segurança previsto na Lei? Os cineastas portugueses não sabem que isso é inverosímil?

sábado, agosto 20, 2005

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Rapaz que trabalha em Lisboa procura casa para alugar no Porto.

terça-feira, agosto 09, 2005

Homens de barba rija

Há quem reclame que nunca tivemos uma mulher como presidente da república. Há quem reclame que nunca tivemos um presidente da república que não fosse branco. Há quem reclame que nunca tivemos um presidente da república homossexual. Todos se esquecem de algo óbvio e que me preocupa: nunca tivemos um presidente da república que usasse barba. Não me lembro de nenhum primeiro-ministro que usasse barba. Actualmente, não há um único dirigente partidário que use barba. Coincidência ou preconceito?

Mau exemplo

Em Democracia, todos os cidadãos têm os mesmos direitos, independentemente de coisas como a filiação partidária, certo? Errado. Assim devia ser, mas os maus exemplos começam pelo Estado. Os mais altos cargos são dados, não a quem tem competência para os desempenhar, mas a quem tem uma determinada cor partidária. Tudo isto causa críticas, uma enorme instabilidade nas instituições públicas, um enorme prejuizo para o Estado (que somos nós todos) e um descrédito para o sistema democrático. Será que o primeiro ministro não percebe isto?

Pontualidade

Toda a gente sabe que a pontualidade não é o forte dos portugueses. Mas a Sic sabe-o melhor do que ninguém. Muita gente se tem queixado que os filmes não começam à hora marcada, mas só o faz quem não entende a filosofia da Sic. Para a entender, é preciso ver televisão de manhã e constatar que o canal de Carnaxide tem um programa chamado "Sic 10 Horas" que começa, como não podia deixar de ser, às 11.

sexta-feira, agosto 05, 2005

Desespero

Se há coisa que me desespera são as "Donas de casa desesperadas". Acho a série inteligente e com grande sentido de humor. O problema é que fico confuso muitas vezes sobre o que está a acontecer. Eu explico melhor. A série passa na Sic e na Fox. Na Sic, passa ao Domingo à tarde e às terças à noite. Na Fox, passa a um horário mais acessível. O problema é que nunca vejo no mesmo horário e os episódios não estão sincronizados, ou seja, numa semana vejo o episódio 10 e na outro o episódio 8 e nunca sei bem o que aconteceu antes e o que aconteceu depois. Na Sic, umas vezes parece que o episódio de Terça é a repetição do Domingo de há duas semanas atrás, outras parece o contrário, mas o que é certo é que não há sincronia. Assim, também eu desespero.

quinta-feira, agosto 04, 2005

Máquinas que falam

Detesto máquinas que falam. As máquinas foram feitas para fazer o que as pessoas não fazem e as pessoas já falam demais (pelo menos algumas). Irrita levantar dinheiro e ouvir a máquina dizer "retire o seu dinheiro" (invariavelmente, depois de já o ter feito). Irrita, especialmente quando há pessoas atrás.
Já agora, só falta a máquina dizer a toda a gente quanto é que as pessoas levantam, se houver algum assaltante na fila já sabe quanto é que pode ganhar. E já agora, podia adicionar uns comentários do tipo "Não pode levantar só cinco euros, seu forreta" ou "tire lá os dez euros, apesar de ter cinco mil na conta" ou "levante os seus duzentos euros e corra."

Civismo

Devia haver uma lei que proibisse os broncos de ir ao cinema. Já que os filmes têm mínimo de idade, devia haver também um mínimo de Civismo. Classificações do tipo: filmes para quem não fala (durante a exibição, entenda-se), filmes para quem não come pipocas, filmes para quem não bebe cervejas, filmes para quem desliga o telemóvel, etc. , etc. E já agora, podia estender-se esta lei a outros espectáculos.
Em relação à carta de condução, também me parece que seria útil fazer, para além dos exames de código e de condução, um exame de civismo à priori. Talvez evitasse acidentes rodoviários.

terça-feira, agosto 02, 2005

Vale a pena ler

Um artigo de opinião sobre o fim do Gato Fedorento na Sic Radical no Blog http://tascadacultura.blogspot.com/.

Fascistas nunca mais

O recente episódio de insulto aos deputados na Assembleia da República fez-me lembrar um professor que tive na universidade e que costumava dizer "ai daquele que disser que eu castigo as opiniões dos alunos com represálias" (ou qualquer coisa assim, que já foi há muito tempo). Não é que eu ache que os provocadores tenham agido bem. Agiram mal, não por terem sido politicamente incorrectos, mas por terem recorrido a formas pouco inteligentes de "combate". Mas também não posso concordar com a atitude de alguns de querer (em nome da Democracia, imagine-se!) combater a Liberdade de Expressão. Só falta ouvi-los dizer: "chamaram-nos fascistas, embora pô-los debaixo de uma torneira a pingar 24 horas por dia" (se quiserem fazer isso, falem com o meu senhorio, que anda há uns meses para arranjar as torneiras.)