terça-feira, junho 28, 2005

E-mails

De vez em quando, no meio daqueles e-mails que se mandam a toda a gente, aparecem coisas úteis, como a mensagem que abaixo transcrevo (com cortes). É um bocado paternalista, mas vale a pena ler.
1. Quando reenviar mensagens, retire os nomes e endereços de e-mail das pessoas por onde esses e-mails já passaram. Há programas a rodar na Internet para"apanhar" tudo o que estiver antes e depois de um "@".A informação é vendida a Spammers, que muitas vezes espalham vírus. Quando mandar uma mensagem a mais do que uma pessoa, não envie com o "Para" nem com o "Cc",enviem com o "Cco" (carbon copy ocult) ou"Bcc" (blind carbon copy), que não vai aparecer o endereço electrónico de nenhum destinatário...Quando todos fizermos isto, livraremos a Internet de 80% dos vírus e lixo electrónico que causa lentidão na rede...
2. As grandes empresas NÃO usam correspondência do tipo corrente (chain-letters). A Microsoft e a AOL NÃO estão a oferecer US$245 a cada reenvio de e-mail. A Ericsson e a Nokia NÃO estão a oferecer telemóveis. A BAYER e a NESTLÉ NÃO estão a dar kits gratuitospara quem reenviar e-mails e mandar a confirmação parao endereço indicado. A MTV NÃO lhe dará o direito de ficar nos bastidores se remeter correspondência a muita gente. Aliás, pense bem, como é que eles vão saber se reenviou estes e-mails para outros endereços?
3. NÃO existe uma organização de ladrões de fígado. Ninguém acorda numa banheira cheia de gelo, mesmo se um amigo jurar que isto aconteceu ao primo do amigo do conhecido dele.
4. Se o(s) último(s) desastre(s) com foguetes da NASA espalharam partículas de plutónio sobre a Costa Leste Americana, tal informação não chegaria ao público por e-mail.
5. NÃO existem os vírus "Good Times", "Bad Times","Sapos Budweiser", etc. Na verdade, NUNCA deve reenviar qualquer e-mail de alerta sobre vírus antes de confirmarem num site fiável de uma companhia real, que estas o tenham identificado.
6. Cortem aqueles quilómetros de cabeçalhos com endereços dos e-mail's.
7. Há mulheres realmente a sofrer no Afeganistão, e as finanças de diversas empresas filantrópicas estão vulneráveis, mas reenviar um e-mail NÃO ajudará estas causas. Se quiser ajudar, procure a melhor forma junto da sua Juntade Freguesia, a Amnistia Internacional ou a Cruz Vermelha. E-mails com "os abaixo-assinados" geralmente são falsos e nada significam para quem detém o poder para fazer alguma coisa sobre o que está a ser denunciado. São meios de obter endereços electrónicos.
8. NÃO existe nenhum projecto para ser votado no Congresso Brasileiro que reduzirá a área da FlorestaAmazónica em 50%. E nem para deixar de cobrar portagens. NÃO perca tempo a assinar e a reenviar abaixo-assinados de protesto.
9. Você NÃO vai morrer nem ter azar no amor se rebentar uma corrente. Sejamos inteligentes e recusemos essa maneira estúpida de ajudar os hackers e os spammers (propagandas).
10. Escrever um e-mail ou enviar qualquer coisa pela Internet é fácil... NÃO acredite, automaticamente, em tudo. Observe o texto, reflicta, analise tudo antes de reenviarem aos amigos.
11. Quando receber mensagens a pedir ajuda para alguém, com alguma fotografia comovente, NÃO reenvie apenas "para fazer a vossa parte"... pode haver alguém cheio de más intenções, por de trás deste e-mail... verifique a veracidade das informações... Afinal, próximo da sua casa, há sempre alguém carente que vocês poderão ajudar, se esta for a sua opção de vida.
12. Cuidado! Muito cuidado com as mensagens-lista de dados de pessoas, que cada um assina e colocaendereços, telefones reais e reenvia. Podem facilmente ser utilizadas por assaltantes, raptores, piratas informáticos, etc.

segunda-feira, junho 27, 2005

Cento e poucos dias

Cento e poucos dias do Governo de José Sócrates. Demasiadas parecenças com o governo de Durão Barroso. Nenhum estava à espera que "isto estivesse assim", é preciso medidas duras por culpa do que fizeram os antecessores, blá, blá, bá. É preciso dizer ao Eng. Sócrates que ele já não tem idade para representar o papel de ingénuo. No tempo do Durão Barroso, o aumento o IVA em dois por cento causou problemas na Economia e não resolveu o problema do Défice. Agora, o PS repete a façanha. Para ambos os governos, os funcionários públicos são os culpados de todos os males do país. Corta-se no orçamento da Cultura, da Educação, da Saúde, etc. Arranja-se "Jobs for the Boys".
Não votei PS. Mas, ainda assim, estava à espera de mais diferenças.

segunda-feira, junho 20, 2005

Alguma Poesia

Noite de Núpcias

Enquanto despia o fraque
junto ao leito de noivado
escapuliu-se-lhe um traque
de timbre aclirenetado…

A noiva olhou-o de lado,
e pôs-se, com ar basbaque,
a remirar o bordado
das botinas de duraque…

Houve, após esse momento,
naquela noite de gala,
um duplo constrangimento.

E o noivo disse-lhe então:
“oh filha, cu que não fala
é cu sem opinião…”

Augusto Gil

sexta-feira, junho 17, 2005

Violência

Vai decorrer amanhã uma manifestação contra a violência e, porque as coisas já não são o que eram, tal manifestação é organizada por um grupo de extrema-direita. É verdade que a expressão eleitoral destes grupos é mínima, mas também é verdade que a tendência é para crescer. Eles tudo farão para "combater a insegurança", "manifestam-se contra a violência" e a pouco e pouco vão arrebanhando pessoas para a sua causa. Não se sabe ainda se a manifestação contra a violência vai ser violenta, mas tudo leva a crer que sim. A Direita portuguesa recusa-se a comentar. A esquerda portuguesa parece ignorar que para travar estas "manifestações" é necessário um combate eficaz à violência, alternativo aos que o impõem pela via do racismo e da xenofobia.

quarta-feira, junho 15, 2005

Eugénio de Andrade

É lugar comum dizer-se que Portugal é um país de poetas; talvez seja, mas não é um país com muitos grandes poetas. Segunda feira, morreu Eugénio de Andrade. Porque me faltam as palavras e porque me sinto um pouco hipócrita por nunca ter escrito sobre ele enquanto vivia, hesitei em escrever este Post. Podia copiar para aqui um poema seu ou um dos comentários que li na imprensa. Mas não. Limitar-me-ei a dizer que sinto a sua falta.

sábado, junho 04, 2005

Pormenores

Quando escrevi o Post O Meio, estava longe de imaginar que esse simples desabafo sobre um bloqueio criativo (que felizmente já resolvi) desse origem a tantos comentários. Mas ainda bem que deu, porque um Blog (mesmo modesto) pode ser um bom local de diálogo entre o "Blogger" e os seus leitores (mesmo que sejam poucos).
Escreveu um leitor que quando um "escritor" conta uma história, ele é que terá que decidir se conta tudo ou só uma parte. Concordo, mas acrescento que devemos estar conscientes da implicação das nossas escolhas. Se omitimos pormenores que não têm qualquer relevância, a situação é uma; se omitimos pormenores que o leitor gostaria de conhecer, a situação é outra.
Imagine-se a seguinte história: um homem pobre pega na única moeda que tem, sai de casa e regressa alguns anos depois, riquíssimo. Simples, mas falta-lhe sal. Na minha opinião, o leitor desta história gostaria de saber COMO é que o homem enriqueceu. Outro exemplo são as séries de acção /aventura. Muitas vezes, o herói vê-se numa situação complicadíssima, de morte quase certa. O espectador assíduo sabe que ele vai safar-se e apanhar os criminosos. E se o fim é previsível, por que é que o espectador continua a ver? Porque quer saber COMO é que o herói vai inverter a situação.
Resumindo a questão, podemos, na minha modesta opinião, omitir muitos pormenores. Se os omitimos para melhorar a história, isso é bom. Se os omitimos, porque somos incapazes de os imaginar, isso é mau.

quarta-feira, junho 01, 2005

Falta de Honra

Segundo noticiou o Público da passada sexta-feira, Bruno Nogueira está zangado com a Sic. Ao que parece, estava previsto um ano de "Manobras de Diversão" e o projecto foi cancelado ao fim de 3 meses. É feio. É mau. Já não bastava terem a lata de acabar com um programa que era bom (e o mesmo se pode dizer sobre o "Inimigo Público"), nem sequer honraram os compromissos. Por que é que não acabam com os "Malucos do Riso" ou com aquela exploração dos putos a dizer anedotas do tempo do meu trisavô? É triste, Balsemão, é triste.